< Estudos Experimentais de Acresção e Diferenciação Planetária >


O termo siderófilo foi introduzido por Victor M. Goldschmidt para descrever os elementos que ocorrem nas fases metálicas de meteoritos e, por inferência, nos núcleos metálicos dos planetas. A propriedade fundamental que define esses elementos, que é a sua preferência por ligar-se a fases metálicas, ao invés de fases silicáticas, oferece uma oportunidade única para estudar processos de acresção e diferenciação planetária. Por exemplo, as abundâncias relativas de elementos siderófilos podem ser usadas para identificar os componentes fundamentais que formaram os planetas rochosos, traçar os processos de diferenciação entre manto e núcleo e as interações químicas entre estes reservatórios, bem como as histórias tardias de acresção de corpos planetários diversos como a Terra, Lua e Marte. Apesar de sua importância, muito pouco sabe-se sobre as propriedades geoquímicas dos elementos siderófilos sob condições de alta pressão e temperatura relevantes para formação planetária. Consequentemente, a interpretação de uma quantidade enorme de dados analíticos adquiridos por geoquímicos durante as últimas décadas continua discutível. Isso acontece, particularmente, no caso dos elementos altamente siderófilos (Ru, Rh, Pd, Os, Ir, Pt, Au e Re). Este projeto tem por objetivo investigar experimentalmente o comportamento geoquímico dos elementos altamente siderófilos, principalmente no que se refere ao efeito das variáveis de estado temperatura, pressão e fugacidade de oxigênio na partiçao destes elementos entre fases metálicas, minerais e líquidos silicáticos.


Equipe: Guilherme Mallmann (Investigador principal), Valdecir Janasi, Silvio Vlach (Universidade de São Paulo), Hugh St.C. O’Neill (Australian National University), Andrew Berry (Imperial College London).

< Projetos de Pesquisa >

Algumas hipóteses de acresção e diferenciação planetária